sexta-feira, 30 de março de 2012

Cinema, História e Vestibular

Seguinte galera, são muitos os aspectos que permeiam a relação cinema e história. Então vou comentar a respeito do que acho ser o mais importante - o caráter de realidade que os filmes emprestam a história. Para o aluno de história um filme; com sua cenografia, figurino, diálogos atraentes, música, entre outros aspectos, ajuda e muito na compreensão de períodos históricos. Podemos dizer torna muito mais instigante a história, que a palavra falada (do professor) ou escrita (do livro), porque nos coloca em imagens tudo aquilo que fica invisível e flutuando na nossa cabeça quando estamos na aula de história. Até aqui tudo ótimo, mas que maravilha são os filmes para o ensino de história diria alguém, mas calma lá temos problemas também. Se tomarmos tudo que aparece nos filmes como o que realmente aconteceu estaremos cometendo um equívoco grave. Terminado o filme a gente costuma dizer "ah então foi assim que aconteceu", mas infelizmente não é assim. Temos de lembrar o caráter da representação que perpassa a produção dos filmes, os objetivos e as pretenções dos produtores, diretores, atores, ou seja, de todos envolvidos no processo de criação. Principalmente seus financiadores, porque não podemos esquecer que o cinema além de arte é uma indústria, a qual movimenta milhões e milhões de dólares por ano. Então aqui entro eu: o professor de história e amante de cinema (vejo pelo menos quatro filmes por semana) como mediador entre o conhecimento histórico e as interpretações da história proporcionadas pelos filmes. Nas minhas resenhas, que aparecerão no blog buscarei passar o que cada filme tem de melhor para observarmos da história e as vezes também o que tem por trás deles. Ok, espero que assim o nome do blog "CinEsquemaHistória" ganhe mais sentido. Sôr, sor, Felkl, Guiga, Gui... Mas e o vestibular? Calma lá meu veio, reflete um poquinho... Ao assistir a um dos filmes (espero eu que se divertindo) que eu comentar em aula ou publicar algo aqui, você aluno estará automaticamente estudando e cumprindo com o conteúdo programático divulgado pela UFRGS. O negócio é eu apresentar o que tem de melhor do cinema para te facilitar o entendimento do conteúdo. 

segunda-feira, 26 de março de 2012

Civilização = Progresso?

   Normalmente, entendemos a palavra civilização como um estágio mais avançado que todos os povos deveriam alcançar. Assim rapidamente concluímos que aqueles indivíduos não adequados aos padrões de vida modernos: vida em cidades, com amplo domínio da escrita, dependentes do desenvolvimento tecnológico, entre outros aspectos; seriam povos mais primitivos, ou seja, selvagens classificados à margem da civilização. No entanto, seria interessante perceber que a vida que temos hoje, a maneira de nos organizarmos, nossos conjuntos de valores, nossas crenças, trataram-se historicamente de escolhas. Portanto, os povos fizeram escolhas ao longo do tempo ou estas lhe foram impostas e assim chegamos à maneira que vivemos. Dessa maneira a civilização não deve ser considerada como mais ou menos avançada, mas como uma consequência das escolhas de um determinado povo. A Revolução Neolítica, que trouxe agricultura, capacitou o homem para a adoção de uma vida sedentária. Então abandonar o nomadismo foi uma das múltiplas escolhas que alguns agrupamentos humanos da época puderam tomar. Não querendo dizer que a adoção do sedentarismo foi a decisão mais avançada naquele momento, como num caminho evolutivo que a humanidade deveria seguir. O que existiu e existe são diferentes respostas dos povos a seus respectivos meios, resultando em diferentes culturas, que não podem ser comparadas, como se umas fossem classificáveis como melhores ou piores, ou mais "avançadas" que outras.
   Apesar de parecer atraente tratar a História como uma construção evolutiva rumo a uma civilização mais avançada, temos de ter cuidado com classificações, pois fica difícil de compreender certos acontecimentos perpetuados em uma sociedade civilizada considerada moderna, como: o Holocausto e o ataque com bombas atômicas a Hiroshima e Nagasaki. Isso feito lembrando apenas dois desastres humanos, historicamente recentes, podendo-se apontar dentre outros mais (lembre-se de outros). O problema de nos colocarmos num estágio mais avançado de desenvolvimento, por nos considerarmos "civilizados", é que aquele, o qual não se adequa a essa classificação deve ser posto fora de condição de prejudicar, senão podem ser educados ou convertidos ao nosso suposto estágio mais avançado. Então percebidas e mais ou menos discutidas as dificuldades para se estudar o conceito de civilização em História e como ele se associa a noção de progresso (a ideia era "atucanar" mesmo). Abaixo vão alguns "critérios" aos quais a ideia de civilização foi e é historicamente associada:
  • Sociedade mais complexa;
  • Desenvolvimento da metalurgia;
  • Maior produção de excedentes;
  • Desenvolvimento tecnológico;
  • Divisão em classes sociais; 
  • Presença de um Estado regulador (representante de classe);









    

terça-feira, 20 de março de 2012

“Dude, Where’s Bin Laden?” (Cara, Cadê o Bin Laden?)

   Desde que, Osama Bin Laden, assumiu a responsabilidade pelos ataques terroristas as torres gêmeas do World Trade Center em 2001. Os norte-americanos procuram responder a uma importante pergunta: onde estaria Bin Laden? Para poder responder tal questão, o governo norte-americano, travou um "desafio" ao que eles classificaram como terrorismo internacional. Assim seguiram-se as invasões do Afeganistão, ainda em 2001, buscando sobretudo, achar o famoso "cafofo” do Osama. A invasão ao Iraque, já em 2003, quando sem saber o paradeiro de Bin Laden os EUA, simplesmente passaram a justificar suas ações militares dizendo que, todos aqueles que consideravam como seus inimigos apoiavam a organização terrorista Al Qaeda, a qual Bin Laden era líder. Dessa forma os EUA passaram a se aproveitar de outras perguntas para fazer seus "negócios de guerra". Afinal o Iraque precisava ser invadido devido a suas fontes de petróleo, mas o governo não podia ganhar apoio popular a uma guerra pura e simplesmente por motivos econômicos. Logo cadê o Bin Laden? + o Iraque (do ditador Saddam) possui armas de destruição em massa e é aliado da Al Qaeda = justificativa para invasão. Essas perguntas propostas pelo governo dos EUA (mal respondidas por ele próprio) serviam para ganhar apoio dos norte-americanos. O problema é que os anos foram passando (inclusive a administração do presidente, George W. Bush filho, responsável pelas invasões) e Bin Laden não aparecia, muito menos as supostas armas de destruição em massa do Iraque. E assim um presidente novo vinha a ser eleito nos EUA, Barack Obama, prometendo mudanças na postura belicista do país. Até que ano passado (2011) veio a notícia: acharam Osama Bin Laden! O terrorista, inimigo nº 1 dos EUA, fora executado por tropas especiais norte-americanas e tivera seu corpo jogado ao mar. O mistério de "Cadê o Bin Laden?" terminava se pensava... Mas recentes notícias trariam a famosa pergunta à tona novamente: o corpo de Bin Laden não foi lançado ao mar, disse o site WikiLeaks (famoso por divulgar, na internet, informações confidenciais do governo dos EUA). O corpo, ou já o fantasma de Osama, teria seguido para uma base da Força Área norte-americana e depois sido levado para um Instituto de Patologia da CIA. A postura do governo dos EUA foi, obviamente, de negar a informação do WikiLeaks. No entanto, depois de tantas mentiras e trapalhadas fica difícil de acreditar... E “Cara, Cadê o Bin Laden?” continua sem resposta, mas parece um bom título para filme.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Apresentando...



Guilherme Felkl Senger*


Seguinte galera, eu resolvi criar esse blog para ajudar no desenvolvimento do meu trabalho como professor de História do Unificado. A proposta principal é apresentar o projeto cultural CINE ESQUEMA HISTÓRIA, mas também fornecer um outro espaço (bem dinâmico) de interação com os conteúdos apresentados em sala de aula. Ou seja, tudo aquilo que eu apresento como detalhe em sala de aula, aqui pode ser aprofundado. A ideia é complementar o trabalho de aula (para os que se interessam) trazendo dicas para prova, propostas de exercícios, uma imagem, um link para o youtube e principalmente sugestões!!! É filmes e livros que podem te ajudar a se preparar melhor para o vestibular estarão sendo "dissecados" no blog. Tudo com objetivo de te aproximar da tão querida e sonhada aprovação no vestibular, mas com muita descontração e produção de conhecimento histórico. 
* Professor de História e cinéfilo (nenhum José Wilker, mas da para o gasto).